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HISTÓRIA DA IGREJA






HISTÓRIA DO SURGIMENTO DA IGREJA METODISTA EM PORCIÚNCULA

"Um rápido relato"

Por volta de 1933, mudou-se para porciúncula a senhora Francisca de Barros com sua família. Foi a primeira família Metodista em Porciúncula.



A senhora Francisca e suas filhas cinira e catuta iniciaram em sua casa uma Escola Dominical, para estas reuniões foram convidadas muitas famílias, dentre elas a família Miranda, formada na época por quatro pessoas: Manoel, Jovelina e suas filhas ( crianças ) Lizete e Maria José.

Frequentando estas reuniões a senhora Jovelina se converteu e tornou-se uma Metodista fiel ao Senhor Jesus.

A família Barros mudou-se daqui, mas o fruto do seu trabalho permaneceu. A senhora Jovelina continuou em seus princípios Metodistas, criando seus filhos no temor do Senhor ( agora a família tinha cinco crianças: Lizete, Maria José, Plínio, Marlene e Eunice ).

Na década de 40 veio para Porciúncula a família da senhora Deolinda, mais uma Metodista fiel.

Na casa da Deolinda constituiu-se um ponto de pregação do Evangelho. Por volta de 1943 a irmã Jovelina foi batizada pelo Pastor João Rebolo, que nesta época pastoreava a igreja de Carangola.















No final da Segunda Guerra Mundial foi feito um Culto de Ação de Graças onde foi cantado o hino "Oração pela Pátria" ( nº 489 H.E. ).

Vez por outra aparecia um Pastor Metodista para uma visita e um Culto.

Algum tempo depois veio para nossa cidade a família Garcia Teixeira, evangélicos da Casa de Oração. Os Metodistas passaram a reunirem-se junto aos da Casa de Oração até o ano de 1966.

Neste meio tempo, mais uma família Metodista chegou a Porciúncula, a família Cruz.

Em 28 de Agosto de 1966, o Pastor Francisco Teodoro, que pastoreava Itaperuna organizou a igreja Metodista de Porciúncula; com apenas 15 membros: Jovelina Miranda, Maria José Folly, Ezilma Folly, Gediel Folly, José Cruz, Olinda Cruz, Elizabeth Cruz, Suely Cruz, Carlos Onei Cruz, Marco Antônio Cruz, Dulce Caldeira, Leise Cruz e Oraid Cruz

Tivemos o privilégio de ter conosco os seguintes Pastores: Francisco Teodoro, Edward (Ted), Agostinho de Brito, Jonas Faleiro e Antonio de Sá Neto, que dividíamos com Itaperuna, entre 1966 e 1981.

A partir de 1982, passamos a ter o Pastor residente em Porciúncula. O primeiro foi o Pastor Ricardo Saavedra, depois o Pastor Paulo Pereira da Silva. Quando o Pastor Paulo foi transferido, durante um ano e alguns meses tivemos o Pastor Weber Barbosa Chaves nos atendendo, sendo que pastoreava a Igreja de Itaperuna. Depois vieram os Pastores Luiz Francisco da Silva, Gabriel Silva, Aloízio Eugênio de Almeida, Mauro Caldas, Ricardo Froes de Cnopp e Reinaldo Cerqueira Fornazier ( Pastor Ajudante entre 2007 a 2009 ). E hoje temos a benção de estar conosco o Pastor Rogério Pinto Machado.

Se fôssemos contar com detalhes todas as lutas e vitórias teríamos muito o que escrever, mas uma coisa certamente podemos declarar: "Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e majestade, porque teu é tudo quando há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos". (I Crônicas 29:11).









A ORIGEM DO METODISMO



O movimento metodista teve seu início há quase três séculos, na Inglaterra. Era uma época em que a sociedade inglesa passava por rápidas transformações. Milhares de pessoas saíam da zona rural, que era controlada por grandes proprietários, para procurar trabalho nas novas indústrias das cidades. Era uma época em que o povo vivia na miséria, trabalhando longas horas e só ganhando o mínimo necessário para sua sobrevivência.


As pessoas moravam em cortiços, sem as mínimas condições e, quando ficavam doentes, não tinham acesso a médicos. As crianças não iam à escola porque, em geral, trabalhavam para ajudar seus pais. Havia grande número de viciados, especialmente de alcoólatras. A Igreja Anglicana era a igreja principal da época, mas não se preocupava com o sofrimento do povo e estava acomodada na prática de cultos alienados. Havia outras pequenas igrejas e grupos religiosos promovendo a renovação, mas quase todas se mantinham na piedade individual, sem qualquer compromisso com a sociedade. As igrejas tentavam salvar o indivíduo sem, entretanto, lutar por uma sociedade mais justa.


Neste contexto, de sofrimento do povo e de igrejas alienadas, um jovem sacerdote chamado John Wesley teve sua vida radicalmente mudada através de uma experiência religiosa em 24 de maio de 1738. Sentindo-se amado por Deus e, desafiado a criar um movimento para renovar a Igreja Anglicana, ajudou as pessoas a conhecerem o amor de Deus e a trabalharem por um mundo melhor. Através de pequenos grupos, Wesley organizou milhares de pessoas em equipes, procurando ser fiel a Deus através de uma vida santificada.
John Wesley sentia que ser apenas convertido não era suficiente. Para ser cristão verdadeiro, a pessoa precisava ter fé em Cristo, sentir o amor de Deus e pôr em prática essa fé. Por isso, desde o início, os metodistas, além de evangelizar, visitavam os presos, criavam escolas e desenvolviam obras sociais. Ser metodista significava refletir o amor de Cristo em todas as dimensões da vida. O povo metodista do passado não limitava sua prática da fé com crenças, ou com projetos assistencialistas, mas também lutando contra a escravidão. Wesley entendia que tanto Satanás como o pecado viviam no coração das pessoas e também nas estruturas sociais. Assim, a unidade da conversão individual e a transformação da sociedade sempre foram características da Igreja Metodista.





Para Wesley não era correto, tampouco bíblico, criar uma nova Igreja. Na sua visão, a divisão da família cristã não pertencia ao projeto de Deus. Por isso, o movimento metodista sempre teve um grande interesse na unidade cristã. A Igreja Metodista começou como um movimento de renovação, sem qualquer pretensão de criar uma nova igreja. Somente depois da morte de John Wesley é que surgiu a Igreja Metodista, quando já não havia mais possibilidade de continuar dentro da Igreja Anglicana.